por: Rosana Oshiro, mamífera convidada
Não me esqueço do dia em que cheguei em casa, com minha primeira nenê no colo, morrendo de dor por causa do corte da cesárea, esperando receber uma comitiva de boas vindas e, ao invés disso, quando fui trocar minha filha pela primeira vez, escutei: não é assim que se faz, você está fazendo errado...EU QUIS MORRER!!!
Tenho certeza que toda mulher que se tornou mãe já passou por isso, em maior ou menor grau, e sabe do que estou falando. Eu não quero aqui dizer, que não existam pessoas de boa fé que realmente queiram ajudar na hora que veêm uma mãe de primeira viagem cuidando de um bebê que chora desesperadamente, mas eu acredito que quem está disposto a ajudar mesmo, tem cuidado ao SUGERIR alguma coisa.
Antes de me tornar mãe, eu li muito sobre psicologia infantil, como acalmar o bebê, como dar banho, amamentar, decoração de quarto, lembrancinhas, enxoval, etc, etc, etc (infelizmente li pouco sobre parto humanizado e achei que estava fora do meu alcance), e me arrependo de ter feito algumas escolhas ao invés de outras, mas de uma escolha não me arrependo nunca: OUVIR MEU CORAÇÃO DE MÃE PARA TOMAR DECISÕES.
Tem gente que não quer cama compartilhada para não acostumar mal o bebê, tem gente que acha que dar colo demais estraga o bebê, tem gente que diz que se está chorando demais é porque seu leite não sustenta, ou precisa de "luftal" porque o bebê está com cólica, ou precisa de "nenedent" porque a gengiva está coçando. Eu deixo a pessoa falar, tento ser educada, e no final digo que acho melhor ouvir meu coração, suprir a necessidade do meu bebê e seguir meu instinto, porque assim nunca vou me arrepender.
Não me conformo em ver as pessoas passarem pela vida sem se questionar, sem saber o porquê de suas decisões, e seguirem vivendo nos "padrões da sociedade". Vivem a vida correndo, sem ao menos perguntar-se por que estão "seguindo a vida" daquele jeito. Daí eu penso, como podem as mães seguirem o que as outras fazem, dar os remédios que as outras dão, sem ler, sem pesquisar, sem estudar, o povo brasileiro é um povo tão inteligente! Por que não usam sua capacidade de mudar, renovar, crescer conscientemente?
Eu sei que na sociedade de hoje a vida é corrida, as mães não têm muito tempo para os filhos por causa do trabalho, mas negar-lhes amor e colo para não deixar "mal-acostumado"??? Negar-lhes a amamentação exclusiva porque tem que voltar a trabalhar logo??? Será que era a hora mesmo de se tornar mãe?
Acho que quando a gente se torna mãe, não dá para simplesmente seguir a "onda", fazer o que todo mundo faz, sem pesquisar, ler, sem questionar e ouvir o que te diz o coração. Errar é humano. Permanecer no erro, nem tanto...
Já fiz muita coisa na vida e na maternidade, das quais me arrependo. Só não me arrependo das coisas que fiz ouvindo, primeiro, o meu coração.
Siga seu instinto materno! Ouça seu coração de mãe, dê amor, de colo, dê carinho ao seu filho! Você nunca vai se arrepender disso, mas se não o fizer, pode ter motivos para se arrepender.
Imagem: www.gettyimages.com.br
3 comentários:
Oi Rosana!
Gostei muito do texto... inspirador...
Coração de pai também, vc esqueceu essa parte!! rsrsrsr
Beijos e Bom NATAL!
Gabriel Dread
lindo texto, Rô!
sem dúvida, não há conselheiro mais sábio que nosso coração de mãe... esse instinto que desperta quando os filhos nascem é algo mágico, poderoso e inexplicável...
bjo e obrigada pela participação, querida!!!
Obrigada pelo comentario Gabriel!
Realmente me esqueci do coração de pai (risos)
No geral, acho que os pais deixam a tarefa da criação para as mães, mas sei que não é seu caso e de alguns pais "mamiferos"...beijo pra familia!
Rê, obrigada pelo espaço cedido!
Bjo grande para vc e as meninas!
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